28/01/2014

Microchip e Passaporte para gatos

Nossa gatinha, Preta, completou 6 meses, teve seu primeiro cio, então chegou a hora de esterilizá-la. 
Sim, porque uma gata que vive em apartamento, se não cruza, entra no cio continuamente, ruim para ela e para nós. 
Além do que a esterilização previne câncer de mama e útero, comuns nas gatas. 
Quando a adotamos, uma das condições do contrato de adoção era o comprometimento em realizar a esterilização ao sexto mês. E assim fizemos. 
Aproveitamos a cirurgia, que é feita sob anestesia geral, para aplicar nela o microchip de identificação.
O microchip não é obrigatório para os felinos, mas é muito aconselhável. É obrigatório sim para os cães.

O microchip de identificação contém todas as informações do animal. Assim como contato dos seus "donos", em caso de perda, abandono, etc.

Para a colocação do microchip deve-se escolher um médico veterinário habilitado (pode ser consultado no site da Anagrafe Felina).





A Anagrafe Felina (cadastro com microchip) é obrigatória pra quem pensa em viajar com seu animalzinho, pois é necessário para tirar o passaporte dele.
O microchip custou 30 euros + IVA.

Para o pedido do passaporte do animal, deve ir à ASL correspondente do seu endereço, pagar a taxa de 34 euros, levar certificado do microchip e certificado de vacinação antirábica. O passaporte convém fazer quando se pensa em viajar com o gato. Já que a vacina e o passaporte têm data de validade.

Viajar com gatos é estressante para eles. É melhor levá-los só se for uma viagem muito longa. Caso contrário ficam bem em casa, que afinal, é o território deles.

Baci a tutti!


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23/01/2014

Amizade brasileira

Participo de muitos grupos no Facebook, leio muitos blogs, acompanho um pouco a experiência de algumas pessoas que decidiram viver no exterior...
E quando o assunto é brasileiros, amizade com brasileiros, o que mais vejo (e leio) são lamentações. Isso me incomoda, e muito!
Se lamentam que os brasileiros que estão fora são metidos, que "se sentem europeus" e esnobam todo mundo, que são egoístas, que se negam a ajudar, e outras coisas mais. 
Uma coisa que a maioria não entende é: ninguém tem obrigação de se tornar amigo de um brasileiro simplesmente por ser também brasileiro. 
Ajudar, dar um apoio a quem tá chegando ou precisando de alguma coisa, é outro assunto. É uma coisa de princípios, educação, ponto.
Eu, sinceramente só tenho experiência positivas com brasileiros que conheci por aqui. Mesmo porque as que não foram assim tão boas apenas ignoro e sigo em frente. Olhar o lado bom é sempre melhor e preferível. 



Uma coisa curiosa é que sair do país te abre o mundo. 
Por quê?
Bem, porque as possibilidades de conhecer uma variedade de pessoas diferentes são muito maiores. 
Não se vê classe social, não se vê origem, não se vê profissão, não se vê "berço", só se vê CORAÇÃO.
É a pessoa simples "da roça", a da "cidade grande", a do norte, a do sul, a cabeleireira, a faxineira, a gay, a executiva, a travesti, a transexual, a de família rica, a de família pobre, a que sabe ler e escrever (português claro), a que não teve essa oportunidade, a que veio estudar, a que veio trabalhar, a que veio tentar a vida, a que fugiu de casa, a que casou com alguém de fora que conheceu pela internet, enfim, PESSOAS.
E dessa variedade infinita, nascem as amizades. Amizades que se estivéssemos no Brasil dificilmente aconteceriam, porque no Brasil só se anda em grupos. Os mesmos tipos de pessoas, mesmo estilo, mesmos gostos....
Aqui, as vezes mesmo por compatibilidade mínima, nasce uma amizade, pois quando o que se vê é CORAÇÃO, não precisa de muitas compatibilidades, basta ser bom, querer o bem e ter o objetivo de vida de querer uma vida melhor, ser alguém melhor.
Fiz poucas mas importantes amizades desde que cheguei na Itália. 
As que me ajudaram de alguma forma, indicaram emprego ou casa, a que estudou comigo, a que tem tanta compatibilidade que virou minha "irmã" do coração, as que tem o CORAÇÃO tão grande que se pode contar a todo momento, a amiga da amiga que virou minha amiga; até as amizades de internet, essas e outras que mesmo se não nos falamos sempre, estão guardadas com muito carinho no meu coração. E agradeço sempre à Deus por ter cruzado com todos elas nesta minha caminhada.
Quanto aos brasileiros que não tive experiência boa? Apenas lhes desejo sorte e que tudo dê certo para eles também. Afinal, o que desejamos para os outros é o que volta para nós.

Bom dia a todos!
Baci!



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12/01/2014

Ma come si mangia?

No Brasil ouvimos sempre que o "chique" é comer espaguete com garfo e uma colher (para auxiliar o enrolar da massa no garfo) mas, sinto lhes informar que isso é totalmente vetado na Itália. 
Jamais comer espaguete com o auxílio da colher e ainda pior se cortar o macarrão!
Parece que virou um costume brasileiro (e parece que na Argentina também tem essa "regra" de comer macarrão com a colher) e não italiano.
Estranho, não?

Famosa cena do filme "Um americano em Roma".

E a pizza? Vocês comem de garfo e faca?
Não! Na Itália se come com as mãos, e ponto.
Inclusive essa semana, o novo prefeito de Nova Iorque, descendente de italianos, foi flagrado comendo pizza de garfo e faca e foi alvo de crítica de muita gente (italianos, obviamente). Afinal, cadê as suas origens italianas? Hahahah!  (ler a notícia aqui).
Não comer pizza com as mãos é imperdoável! 


E o frango? Frango se come com garfo e faca, somente em ambientes mais íntimos se pode comer com a mão, uma só, e basta! 

Diferenças existem. Muitas coisas falam no Brasil que são italianas, mas no fim, a Itália não é uma só, cada lugar é um lugar e cada família também tem seus costumes. Claro que vemos italianos cortando macarrão com a faca e comendo pizza com os talheres. Nem todas as "regras" são 100% seguidas. 
Mas, tradição é tradição, é bom conhecer-las, mesmo que for por curiosidade. 

Baci a tutti!



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10/01/2014

"Fare il portoghese."

Aqui em Roma ouvimos muito a expressão "Fare il portoghese" ("Se passar por português").
Nos jornais, na internet, no dia a dia...

Fare il portoghese é utilizado quando uma pessoa usufrui de um serviço sem pagá-lo.
Entrar no ônibus ou trem sem bilhete é um exemplo comum por aqui.


A expressão vem de um fato histórico ocorrido em Roma no século XVIII, quando o embaixador de Portugal convidou os portugueses residentes em Roma a assistir gratuitamente a um espetáculo teatral no Teatro Argentina; para eles não era necessário um convite formal, bastava declarar a nacionalidade portuguesa. Na ocasião muitos romanos, entretanto, tentaram se aproveitar da oportunidade se passando por portugueses e surgiu então a expressão em forma de aviso aos romanos non fare il portoghese. O fato ocorrido vem contado em muitos dicionários, explicando a origem da tal expressão e é contada também em um livro português "O Barco Pescareio", do José Coutinhas.

A impressão que tenho, entretanto, é que com o passar do tempo a história verdadeira foi se perdendo e quando se usa a expressão parece que se está falando mal dos portugueses, como se eles tivessem dando uma de espertos, mas é totalmente o oposto! Os italianos romanos eram os "metidos a espertinhos", i furbi, como se diz em italiano (e ainda o são!).

Bem, agora já conhecemos a verdadeira história e sentido da expressão.

Baci a tutti.

Fonte: Wikipedia.ti


03/01/2014

Colosseo - Colyseus - Coliseu

Finalmente chegou o momento de conhecer o famoso Coliseu. Símbolo de Roma e da Itália.
Vamos saber mais sobre ele? 


Conhecido também como Anfiteatro Flávio (em italiano Colosseo, em latim Colyseus), é o maior anfiteatro do mundo, capaz de conter, em um número estimado, até 80 mil pessoas.
Foi construído mais ou menos entre 70  e 74 d.C. Inaugurado oficialmente em 80 d.C pelo imperador Tito. Era utilizado para apresentações dos gladiadores e outras manifestações públicas (espetáculos de caça, batalhas famosas e representação de dramas da mitologia clássica). O ultimo espetáculo foi apresentado ali no ano de 523 d.C.
Com uma forma de elipse, cobre uma superfície de 3357 metros quadrados e uma altura de 52 metros (mais ou menos um prédio de 18 andares).
Está na lista dos Patrimônios da Humanidade da UNESCO e também nas Novas 7 maravilhas do Mundo.

Alguns terremotos danificaram o Coliseu, e ao longo dos anos foi passando por reformas. Em 1634 blocos caídos do Coliseu foram utilizados para a construção do Palácio Barberini.
Outro forte terremoto em 1806 comprometeu grandemente o terceiro anel (o mais externo) e então foram realizadas algumas intervenções para sustentar a estrutura.


O nome Coliseu veio na idade média, devido à presença da estátua "colossal" (de grande dimensão) do imperador Nerone, em bronze, com uma altura de 33 metros. Posteriormente transferida pelo Imperador Adriano ao Templo de Vênus e Roma, com a ajuda de 24 elefantes! Não se tem vestígios da estátua atualmente. Pode ter sido destruída e seu metal reutilizado.

Debaixo da arena do Coliseu tem uma área de serviços subterrânea, onde ficavam também os animais que seriam apresentados nos espetáculos. As escavações desta área subterrânea foram realizadas e finalizadas nos anos 30 (1930).



A emoção de visitar um lugar assim tão cheio de histórias é indescritível. 

O ingresso para visitar o Coliseu custa 12 euros e dá direito também a visitar todas as ruínas dos Fóruns Imperiais e Palatino.
Para saber mais, clique aqui.

Num próximo post falo sobre os Fóruns Imperiais e depois o Palatino.
Deixo aqui uma foto nossa no ano novo em frente ao Coliseu! 


Baci a tutti.

Fonte: Wikipedia.it

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